um livro de poesia chegar aos tops de vendas não o faz ser melhor nem pior livro de poesia; o facto de os empregadores acharem que as humanidades são úteis para a empregabilidade não faz as humanidades nem mais nem menos desejáveis. o mundo - apesar das insidiosas ideias que se alastram subterraneamente - não cabe todo em €s, £s ou $s.
(our-economy-can-still-support-liberal-arts-majors: no top dos títulos cretinos)
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por outro lado, gostei de--
se a poesia (ou a literatura ou as artes ou as humanidades) podem servir a revolução, o capital, a contra-revolução, a psicanálise, a meditação zen, o jazz ou a street art, isso não faz delas nem isto nem aquilo. a poesia, ou a literatura ou as artes ou as humanidades são, primeiro e acima de tudo, livres de serem o que quiserem ser.
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não comprei, nem li, nem vou ler no próximo ano o livro Servidões. já não tenho a desculpa do Herberto Helder para ir trocar palavras na Poesia Incompleta (quer dizer, essa viagem tornou-se bem mais cara) portanto estabeleci como plano: se estiver viva daqui a um ano leio o livro.
light gazing, ışığa bakmak
Thursday, June 20, 2013
não, não, não (poesia e revolução)
Publicado por Ana V. às 2:39 PM
TAGS Biblioteca de Babel, bookstores, Herberto Helder, Negócios Estrangeiros, Stuff
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