light gazing, ışığa bakmak

Monday, October 14, 2013

flash fiction

na folha de estudo vinham vários géneros literários que era preciso 'saber'. um deles era flash fiction, definido como prosa com menos de trinta linhas (seria isto?). deliciosa, a escola; neste caso, the innocence of definitions. terei de quebrar essa inocência, numa tarde destas, e revelar a dura realidade sobre as definições. são um pouco como deus - man made, arbitrárias e que vão sendo 'actualizadas', vulgo inventadas, conforme o contexto do momento.

comecei a ler José Gardeazabal na Granta 2 (e que título!  - 'Várias versões de uma catástrofe'), um autor que desconhecia. lembrei-me logo do flash fiction e do non sense do presente cujo mestre e imperador absoluto é Rui Manuel Amaral. será que este non sense, bisneto do surrealismo, será o seguidor na linha da história literária do realismo mágico? o género começa a ser comum e a espalhar-se pelas massas. (ou talvez seja porque produzir este tipo de texto parece fácil, inocência..)

"I could look at her from the corner of my eye and deduce with remarkable accuracy what was happening on television (...)", Pamuk na p. 297 do Museum of Innocence, a Shirin dos sonhos: esta a diferença, entre o concentrado de significado que revela o não-sentido da vida, e o mergulhar na própria vida, ficar submerso, não respirar senão determinada personagem que se fez mais duradoura do que a própria vida.


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