não é mas também é. ou teatro. Sam Shepard a comprová-lo. pode ser literatura ou imagem ou argumento ou guião. no mais que crú "Permanent Vacation" de Jarmush, quis logo ter o texto todo na mão, como se não tê-lo significasse perdê-lo, complexos de prateleira e de outros suportes. e as imagens também as queria: muito chão, ruínas, paredes, ruas vazias, pedras. não sei se há um metro de tecido em todo o filme (cortinas, toalhas, tapetes, sofás, lençóis). materiais sólidos e frios, exteriores, mesmo quando se trata de interior. um filme de iniciação para o realizador e para a personagem. Chris Parker não vai fazer mais nada, uma vida resumida a um filme. as imagens de Jarmush são mais fortes do que ele. banda sonora exemplar, um filme de culto na Europa e ignorado nos Estados Unidos. quantas vezes foi já assim? eu nunca tinha visto Nova Iorque desta maneira.
"Encouraged by Nicholas Ray and by Amos Poe, an underground New York filmmaker, Jarmusch decided he really wanted to make movies. “Nick told me,” he said to a reporter for People magazine (December 10, 1984), “‘If you really want to make a film, don’t talk about it. Do it.’” Using money from a fellowship grant that was supposed to pay for his tuition, Jarmusch set about fulfilling the program requirement of a student film by starting work on Permanent Vacation in 1979, about two weeks after Nicholas Ray died. As he explained to Lawrence Van Gelder, Permanent Vacation was about “two and a half days in the life of a young guy doesn’t really have any ambitions or responsibility. He doesn’t live anywhere specifically. He doesn’t go to school. He doesn’t work.” Frowned upon by New York University officials because of its “excessive” eighty-minute length, Permanent Vacation (1980) was distributed by the art circuit in Europe, where it gained a small cult following, but “it really didn’t do anything” in the United States, as Jarmusch pointed out to Van Gelder." (daqui)
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1 comment:
lindo.
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