todo o diálogo aqui, não seria por acaso. um blogue duplo, como mais nenhum. no início do Le Mépris, de Godard, o diálogo colado por cima e o corpo da mulher-deusa para iniciar um filme em que todos os humanos são semi-deuses, mas a quem falta a autoridade. na sequência seguinte, o americano que quer mudar a Odisseia, acrescentar cenas e que sai de cena em alta velocidade num Alfa Romeo vermelho. "não sei se vais compreender Jerry, a luta de Ulisses contra os deuses" e Fritz Lang, "Now it's no longer the presence of God, but the absence of God, that reassures man. It's very strange, but true. "
a sinópse de Ebert é boa para introduzir: The film is about a failed playwright (Michel Piccoli) who is hired by a corrupt American producer (Jack Palance) to work on the script of a movie by a great veteran director (Fritz Lang, playing himself). The playwright is married to a sexy former typist (Brigitte Bardot) that the producer has his eye on. The film is going to be based on The Odyssey, but Palance has a ``Hercules''-style ripoff in mind, while Lang wants to make an art film.
Camille na sua cama de ferro dourada, cabeleira negra.
e em Capri, na enigmática villa Malaparte, a escadaria monumental, as janelas altas para o verde esmeralda do mediterrâneo. os paparazzi seguem a Bardot como cães de caça, empoleirados nas escarpas da ilha. julguei que Bardot sorria melhor nas capas de revista do que neste filme em que o cinema fala de si próprio. Bardot, a esposa que foi e quer ser dactilógrafa, não podia ser menos convincente, ela é inevitavelmente a estrela. quando li o romance de Moravia vi uma Camille diferente, mais dura, indiferente. e o produtor americano é o único personagem que gosta de deuses ("I know exactly how they feel"). todos os outros são tão humanos e não sei quanto demora o lapso de tempo curto entre a primeira frase e o final, no Le Mépris de Godard.
[gostei desta: vi três vezes o Mépris. diário televisivo: desta vez falhei o DEBATE sobre o casamento de homossexuais. acrescento: "debate"]
Camille na sua cama de ferro dourada, cabeleira negra.
e em Capri, na enigmática villa Malaparte, a escadaria monumental, as janelas altas para o verde esmeralda do mediterrâneo. os paparazzi seguem a Bardot como cães de caça, empoleirados nas escarpas da ilha. julguei que Bardot sorria melhor nas capas de revista do que neste filme em que o cinema fala de si próprio. Bardot, a esposa que foi e quer ser dactilógrafa, não podia ser menos convincente, ela é inevitavelmente a estrela. quando li o romance de Moravia vi uma Camille diferente, mais dura, indiferente. e o produtor americano é o único personagem que gosta de deuses ("I know exactly how they feel"). todos os outros são tão humanos e não sei quanto demora o lapso de tempo curto entre a primeira frase e o final, no Le Mépris de Godard.
[gostei desta: vi três vezes o Mépris. diário televisivo: desta vez falhei o DEBATE sobre o casamento de homossexuais. acrescento: "debate"]
No comments:
Post a Comment