no início pensei que todo o filme seria uma grande ekphrasis, a representação em palavras de desejadas imagens em movimento. mas a certa altura, Panahi pára e diz -se contar um filme fosse a mesma coisa, para quê fazer o filme - e nesse momento quebra-se a história da rapariga que, sentada na cadeira a meio do quarto, com o mundo por uma janela, pensa no suicídio.
Panahi... foi por ele que Binoche chorou em Cannes, muitos movimentos em seu favor não evitaram que esteja agora preso- uma pena de seis anos, vinte anos sem poder fazer ou escrever cinema. a relatividade das coisas.
o filme-documentário consegue ser, sem aquilo que se chamam 'meios', melhor do que a maior parte dos filmes que puderam ser vistos no cinema em 2011. Vila-Matas não sabe se há gestos heróicos: há.
light gazing, ışığa bakmak
Monday, January 2, 2012
this is not a film, Jafar Panahi
Publicado por Ana V. às 11:50 PM
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