Folhava a edição da semana passada de um New York Times Magazine que me ofereceram (pensando que o SOL tem muito caminho a fazer) quando um desenho me saltou à vista (acima). Olhei para o nome e vi: Raquel Aparicio. Portuguesa? Pensei. Não, espanhola.
Raquel Aparicio desenha figuras femininas enigmáticas, algo frias e non-sense, muito mal comportadas. Surrealistas, modernas, entre a maldade e a inocência.
Raquel Aparicio é uma artista que usa várias técnicas, tinta e colagem, que contribuem para o inesperado das suas bonecas. À primeira vista infantis, as meninas de Raquel olham para nós com uma pontinha de crueldade malandra, no seu site Raquelissima.
(Escrever e Ler)
Raquel nasceu em Ávila há cerca de 24 anos. Estudou na Escócia e regressou a Espanha para estudar ilustração. Em 2006 começou a trabalhar para revistas, entre elas a New York Times Magazine. Foi seleccionada em várias mostras e é representada pela pencil, a agência de ilustração que representa também Elena Odriozola. A julgar pela participação na New York Times Magazine, a agência faz um belo trabalho acompanhando as linhas de Raquel.
Raquel, ela própria uma menina mal comportada e divertida, vem da Deviant Art, um dos maiores sites de desenhos, frequentado por adolescentes, onde se pode expôr gratuitamente, o Flickr dos desenhos da nova geração. Muitas adolescentes colocam ali as suas fotografias editadas, as suas composições digitais e os seus desenhos. Da Deviant Art para o New York Times, passando pela pencil. A rapidez com que se chega hoje ao mercado internacional é impressionante.
As raparigas são parte muito integrante da geração digital e ocuparam o seu espaço com à vontade. Dando um salto à "sala" Retratos Emotivos da comunidade Deviant Art, percebemos como. Sites como este vão substituindo as bonecas e garatujos que as meninas fazem nos seus cadernos.
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