com a ponta da língua na beira dos dentes, em espiral na boca, éllllll
por razão nenhuma começamos a falar sobre voltar à infância. mas quando digo quem me dera ter tanto anos, vejo uma sombra passar-lhe na cara. mas como é agora!, acrescento. como é agora sim. toda a gente estranhava eu nunca ter batido no meu filho. eu apanhei muitas... e não me fez melhor. tinha de mentir.
outra mulher, noutro local. atravessa a estrada enquanto se aproxima um carro. é velha, de preto, curvada, caminha com dificuldade e vê-se nela o medo ao atravessar a estrada, um medo comum aos que não conseguem fugir mesmo que seja tão necessário. do carrinho que leva deixa cair um saco, mas continua preocupada para a berma. formou-se um fila de carros. o condutor parado aponta para o saco ainda na estrada, junto à linha pintada no chão. ainda demora algum tempo até que ela entenda que pode voltar à estrada para recuperar o saco, que ele espera.
light gazing, ışığa bakmak
Saturday, April 2, 2011
éllll...a
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