"Finnegans Wake", uma obra de 17 anos do trabalho de James Joyce.
O meu quinhão, a minha fatia do quebra-cabeças, o início e o final de "Finnegan's Wake".
post censurado para não dizer tantas asneiras.
O princípio:
"leito do rio, passando a igreja de Eva e de Adão, desde o desvio da terra firme à curva da baía, que nos devolve por um cómodo círculo vicioso de volta ao Castelo de Howth e seus arredores."
"riverrun, past Eve and Adam's, from swerve of shore to bend
of bay, brings us by a commodius vicus of recirculation back to
Howth Castle and Environs."
E o fim:
triste e cansado eu volto a ti, meu frio pai, meu pai frio, louco e receoso pai, até que apenas por ver o seu tamanho, as milhas e milhas dele, a gegemer, me fazem enjoar saljoar e apresso-me, apenas meu, para os teus braços. Vejo-os subir! Salva-me daquelas terríbeis angústias! Mais duas. Umdois momentos mais. Então. Avelaval (oláeadeus). As minhas folhas escaparam-me. Todas. Mas uma ainda permanece. Vou carregá-la comigo. Para me lembrar de. Flh! Tão suave esta manhã, nossa. Sim. Leva-me contigo, papá, como fizeste na feira dos brinquedos. Se eu o vir a partir agora sob asas brancabertas como se viesse de Arcanjos, eu afundo-me morria sobre os seus pés talim talão só para acabar. Sim miúda. É aí. Primeiro. Passamos através da relva calar os arbustos. Sshhhh! Crente. Crentes. Chamadas de longe. Vindas, de longe! O fim aqui. Nós, então. Finn, de novo! Toma. Beijotete. Eueuemais eu. Até miltus. Bca. As chaves de! Dar. Em bora só zinha por fim a mada ao longo do
"sad and weary I go back to you, my cold father, my cold mad
father, my cold mad feary father, till the near sight of the mere
size of him, the moyles and moyles of it, moananoaning, makes me
seasilt saltsick and I rush, my only, into your arms. I see them
rising! Save me from those therrble prongs! Two more. Onetwo
moremens more. So. Avelaval. My leaves have drifted from me.
All. But one clings still. I'll bear it on me. To remind me of. Lff!
So soft this morning, ours. Yes. Carry me along, taddy, like you
done through the toy fair! If I seen him bearing down on me now
under whitespread wings like he'd come from Arkangels, I sink
I'd die down over his feet, humbly dumbly, only to washup. Yes,
tid. There's where. First. We pass through grass behush the bush
to. Whish! A gull. Gulls. Far calls. Coming, far! End here. Us
then. Finn, again! Take. Bussoftlhee, mememormee! Till thous-
endsthee. Lps. The keys to. Given! A way a lone a last a loved a
long the"
Aqui, para corajosos, o livro todo: "Finnegans Wake" de James Joyce.
Almeida Faria traduziu já e escreveu sobre Finnegans, um texto que eu gostaria bastante de ter. Entretanto gostei bastante deste texto, no Cronópios do Brasil:
"Entre a publicação de Ulysses e Finnegans Wake se passaram dezessete anos, durante todo esse tempo Joyce esteve ocupado com aquela que seria a sua última obra; publicando partes de sua (Obra em Progresso), em períodos ou sob a forma de edições limitadas.
15 Publicado na cidade londrina em 1939, o livro é a representação de um sonho divino em linguagem perfeitamente simbólica e, enfim incompreensível em torno de seu processo criador, ultrapassando todas as dificuldades do Ulysses, quer de leitura ou de interpretação. Dividido em quatro grandes Partes, ou Livros, não titulados, mas numerados de I a IV, sendo acrescido em 1944 pelos críticos Cambell e Robinson, de nomes a esses Livros baseando-se para tanto na relação do ciclo quadripartido de Joyce com as 4 idades do Corso-Ricorso de Vico.
16 Tim Finnegans é um operário, mais precisamente um pedreiro que, embriagado cai de uma escada (simbolicamente) e é considerado morto pelos amigos. Estes promovem logo um barulhento velório, com comida e bebida - como manda a tradição e ao ser respingado de whisky, Finnegans desperta de novo, ressuscita e adere às festividades do próprio velório.
17 Segundo os autores do ensaio “Uma Chave-Mestra para o Finnegans Wake”: “Finn tipifica todos os heróis - Thor, Prometeu, Osiris, Cristo, Buda - em cuja vida e através de cuja inspiração a raça humana se alimenta. E é porque Finn volta de novo (Finn-again) em outras palavras, pela reaparição dos heróis - que a força e a esperança são devolvidas à humanidade. Com sua morte e ressurreição, o pedreiro Finnegans revoca humoristicamente o solene mistério do deus-herói cuja carne e sangue abastecem a raça de comida e bebida frutificantes para o espírito.”
18
Acredita ser o FW uma nova invenção que vai arrastar a linguagem a uma surpreendente aventura, que determinará toda a organização do livro. “É um estranho livro, um misto de fábula, sinfonia e pesadelo. Um monstruoso enigma a cerca imperiosamente dos abismos sombrios do sono.”
19 Esta obra pode ser lida a partir de qualquer página, Joyce começa seu livro no meio de uma frase, termina-o no meio de uma outra que pode se ligar a primeira. A decifração dos aglomerados de caracteres e vocábulos, nos leva a abandonar uma considerável parte de suas letras; sendo preciso viajar no jogo das metamorfoses de palavras, se quisermos ler uma página. FW é assim para cada um de nós, por mais diferentes, por mais particulares, até mesmo por mais arbitrários que sejam os primeiros contatos. É antes de tudo uma sinfonia, cuja linguagem é tratada de ponta a ponta como uma matéria musical no interior da qual se desenrolam temas e variações.
Para se ter uma idéia, FW nunca foi traduzido integralmente para língua alguma, somente alguns fragmentos para o francês, italiano (com a participação do próprio Joyce), alemão, checo e português".
A minha missão está cumprida.
light gazing, ışığa bakmak
Tuesday, October 30, 2007
O velório de Finnegan
Publicado por Ana V. às 9:06 AM
TAGS Biblioteca de Babel
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