A minha religiosidade morreu à nascença, mas são estes os Feriados que temos - celebrar a morte dolorosa e sanguinolenta de - felizmente existem "tradições" paralelas e muito mais agradáveis do que não comer carne, fazer penitência e autoflagelação, esperar quatro horas por um almoço de família, ir à missa, ver qualquer um dos filmes sobre Cristo ou sobre os cristãos a serem devorados pelos romanos... Uma delas são os ovos de Páscoa a fazer a delícia de comerciantes e crianças e é esta a "tradição" que decidi escolher. Sábado, e quem sabe Domingo, vou espalhar dezenas de ovos e coelhos de chocolate pela casa para o meu miúdo encontrar. Sei que o vou ver feliz (e que se lixem as contrições).
light gazing, ışığa bakmak
Wednesday, March 19, 2008
os ovos não contritos
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8 comments:
Herege! Ai minha nossa senhora! livrai-me deste blogue! Herege!
Se pudesse, punha-te durante 48h a ver o "Tentação de Cristo" intervalado com o "Ben Hur" e o "Moisés" :))
Mas estou contigo. Abaixo as contrições, as penitências e as autoflagelações. Vivam os ovos da Páscoa e o Folar de Olhão.
Votos de uma excelente Páscoa, com muitas caçadas de ovos.
Beijinhos
e abaixo os piercings :))
"A minha religiosidade morreu à nascença"...
a minha morreu na adolescência quando comecei a tentar resolver o meu pensamento, situação que ainda perdura.
A personagem histórica de Jesus Cristo sempre me fascinou, mas na leitura e interpretação que eu faço desassombradamente dela e não naquela que me foi impingida em forma de catecismo como verdade inquestionável.
Feliz época (pascal) também.
Oh Ana,
A minha religiosidade não morreu à nascença, mas mais tarde, quando se constata que afinal tudo isto não é nada daquilo que alguns querem fazer crer, nem se passou nem passa da forma que o querem fazer crer, mesmo pondo na boca de um hipotético deus, que a ser seria vingativo e sádico, palavras ameaçadoras e constrictoras da liberdade. Por isso as festas religiosas têm a finalidade de evitar que o rebanho se afaste muito das caixas colectoras de óbolos, que lhes permitem construções faraónicas e megalómanas em sítios onde as necessidades de bens básicos cada vez se fazem sentir mais, como seja por exemplo este mundo chamado Terra.
Daí que te desejo excelentes interacções familiares, com a natureza envolvente.
Beijinhos
Armando
;)
A tradição que mantenho é a do borrego. E porque sei que é daqueles que andam a pastar ao ar livre, sem comer ração sintético-hormonal. Um ensopado ou um assado com aquela carne é outro gosto.
Beijinhos e bom "safari caseiro".
Tozz
Lá está, para mim é mais um feriado que me dá mais tempo para não descansar nada mas fazer o que me dá na real gana... e comer chocolates. :D
Deixa.me aproveitar para no teu cantinho dar também um beijinho de boa páscoa (ou coisa que o valha) a todos os privilegiados em te ler diariamente. :) schuackkk
Ena, tanta gente! Eu que acordei na zona centro, trabalhei na capital e vou dormir pelo reino das mouras encantadas...
Amigo Blue, é verdade, safa-te enquanto podes!!! :)) E definitivamente abaixo os piercings... (onde era mesmo aquele restaurante em Monchique?)
gossip, a nascença era da consciência talvez. Com 8 anos de colégio de freiras tive tempo de ter a certeza. Fascinou-me sempre o Antigo Testamento, nunca o Novo. Um beijo para ti e boas festas.
Armando, a esta hora da noite percebi muito pouco :))) mas para ti também!
MAD e TOzz , no fundo vocês é que me entendem: ensopado de borrego (nos TOP10!!!) e chocolate, o number one, não haveria a páscoa de ser uma época feliz! Um grande beijinho aos dois.
Ana
A minha também foi para as urtigas na adolescência.
Boa Páscoa para ti e para os teus. Tenho andado "desaparecida" porque agora não tenho net em casa (a minha "penitência" para fazer o tempo render mais) e na loja tenho estado muito ocupada (felizmente).
Nesta Páscoa não vou mesmo dispensar é o borrego.
Olá Susana! Ora que belíssima ideia! Uma penitência digna da quadra eh eh... E ainda bem que o trabalho é muito, muitas felicidades livreiras para ti! Beijinhos de Boa Páscoa, Ana
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