light gazing, ışığa bakmak

Tuesday, May 20, 2008

o título original não o ponho


But, somehow, this all makes sense, here.

. . .
There is a eureka moment that most visual artists have at some point early on in their career and, once the moment has happened, they take their first steps across the great divide between visual art and literary art, two camps to whom words mean totally different things.

Once sensitized to text as an art object, the visual artist must, in a way, learn his or her own language all over again from scratch. One looks at the shape of words and the texture of the paper they rest on. One looks not just at the book, but at its cover. Visual culture is a very free and permissive place; high culture, low culture, pop culture, all source material is permitted if it’s a part of your world.

Literary students, however, don’t relearn their language from a visual and material standpoint. They are, if anything, actively encouraged to consider the process infra dig, and are certainly never allowed to fetishize the physical, typographical form of a word. In France there exists the convention of standardized unemotional text-only book covers — basically, a Salinger-like belief that a book (excuse me, a text) ought to speak for itself and not be compromised by such vulgarities as cover art, non-standardized fonts or author photos. Words exist only inasmuch as they denote something individually and collectively, but that is all they are. They’re merely little freight containers of meaning, devoid of any importance on their own. To see words as art on their own is heresy.

This inflexibility makes sense to a non-visual thinker, but to visual thinkers such dogma is depressing and sad, like forcing ballerinas to wear suits of armour.

in Visual Thinking, Douglas Coupland
(the whole article here)
Blog no NY Times


7 comments:

Anonymous said...

Foi o título absolutamente mais genial que li nos penúltimos tempos.

A propósito do texto.. No outro dia estava eu e três colegas (uma de português, outra de inglês, e outra de matemática), a olhar para o meu horário e a comentar que seria bom se desse para alterá.lo (tenho um furo de quase cinco horas). A dada altura, a colega de matemática dizia: "pois... movias a última hora para baixo..." E eu e as colegas de letras: "para baixo? não, isso não fazia sentido. era bom era mudar a hora para cima!" e nós cada vez mais sem nos entendermos, ela a insistir para baixo, nós a insistir para cima. Chega outra colega de matemática, a primeira mostra.lhe o meu horário e pergunta o que é que fazia à minha última hora, ao que ela responde "mudava.a para baixo, claro!". Depois de muito rirmos e discutirmos lá nos percebemos: as de letras viam o horário no espaço físico, e mudavam o bloco visualmente "para cima"; as de matemática viam o horário no seu espaço lógico e numérico, e mudavam a última hora para uma hora inferior. :D

Ana V. said...

Tirei definitivamente as dúvidas, a malta de matemática vê uma realidade distorcida.. :)) comenta lá esta, Armando!
(só com muitíssimo esforço entendo o "para baixo")

Anonymous said...

THE BRADY BUNCH IS THE ULTIMATE SATIRE ON CONSUMER SOCIETY SAYS DOUGLAS COUPLAND,FAMILY VALUES

Anonymous said...

And what he says about helvetica is TRUE :))

Ana V. said...

Em defesa dos literários: interessante que a melhor (?) imagem do texto seja precisamente texto: "forcing ballerinas to wear suits of armour", assim mesmo sem definição de font.

Anonymous said...

Á-lá-ber quem distorce o quê nestes automatismos mentais.
Do ponto de vista comum, o olhar comanda de acordo com a perspectiva: se estivermos a olhar o horário da Marta, mas rodando-o 180º (baixo/cima), onde passa a ser o baixo, em cima ou em baixo? A perspectiva muda radicalmente.
Do ponto de vista matemático, apreende-se automaticamente a perspectiva de medidas: 8,30 é um número inferior a 14,30; rodando o horário 180º (baixo/cima), esta perspectiva mantém-se.
Beijinhos,
8)

Anonymous said...

tinha quase a certeza de ter sido o 1º a comentar..... :-(
será que foi tudo por aí abaixo???
ou terá sido a pressa do cansaço...

 
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