light gazing, ışığa bakmak

Tuesday, September 16, 2008

Al Di Meola



Os palavrosos esquecem muitas vezes o que não lhes cabe nas frases. Gosto que me calem e do que pode ser dito sem letras. Há muitos anos que ouvia Al Di Meola, mas nunca ao vivo. [twiggygirrrl, where you there?] Foi um concerto memorável pelo que se costuma chamar um senhor da música. Acompanhado por Fausto Beccalossi no acordeão, Peo Alfonsi na guitarra e Gumbi Ortiz na percussão, o concerto intercalava músicas compostas por Di Meola com composições adaptadas de Astor Piazzola. O último concerto da tournée europeia, disse ele, terminou com uma melodia da Sardenha (No Potho Reposare) e uma sessão de autógrafos no lobby da Aula Magna. Algumas samples do concerto, basicamente o mesmo do cd ao vivo em Milão, aqui, no site do músico. Aqui, a crítica do Washington Post.

A música com que aprendi a ouvir música foi a música de câmara, uma quase essência do diálogo entre músicos. O concerto desta noite foi isso mesmo. Um destaque para o muito italiano Fausto Beccalossi, de um virtuosismo impressionante, a tirar do instrumento um som que eu desconhecia no acordeão. Foi mais uma dupla, um dueto, que actuou durante quase todo o concerto, e menos um guitarrista solista. Em certas alturas o diálogo era quase - para não dizer totalmente - perfeito. Outras, achei um pouco excessivo o peso do acordão. Aqui, uma outra opinião sobre o mesmo concerto, em Minneapolis, há quase um ano atrás. E para os que preferiram o concerto de 75.000 pessoas do dia anterior: diz-me quem ouves... A Aula Magna a uns dois terços da sua capacidade acolheu bem o músico; quem estava ali era mesmo para ouvir música.



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