encontro gente que me abisma no mau sentido, ainda agora. vagueiam por aí e levam-me a pensar que há chamas que desencadeiam uma raiva surda e fora de proporção. um pensamento inquietante, como imaginar que de repente estamos todos numa qualquer trincheira e que as caras que conhecemos afinal são outras totalmente diferentes. sempre pratiquei a fuga, e continuo, desenvergonhadamente, fora do conjunto. viver no embrulho ou fora dele, mas sempre longe das prendas, que não me toquem com fitas nem laços. numa autosuficiência selectiva total, onde se respira, e onde algumas, muitas palavras têm dono legítimo mesmo que possam sempre ser violentadas. na conta das contas o que mais me incomoda mesmo são os efeitos secundários da insegurança néscia. (e de quem é esta, eu dava-a ao Camilo).
aqui dentro há mais gente, lamentava. mas com pouca energia, só ao de leve. se não fores uma esponja, onde está a graça? ripostou. dá-me a chave.
sou maníaca por cogumelos (quem foi o escritor que se dedicou a apanhar cogumelos?, informação ganha e perdida recentemente). e nesta altura, também de castanhas e de abóbora. aperfeiçoando que é como quem diz, tentando afincadamente que dê certo, o risotto. daqui, mas o do Jamie é o melhor. now, did i say that before?
ah-ah, encontrei, Nabokov: "One of our greatest pleasures in summer was the very Russian sport of looking for mushrooms. Fried in butter and thickened with sour cream, her [Nobokov's mother] delicious finds appeared regularly on the dinner table. (in Speak Memory)
light gazing, ışığa bakmak
Sunday, October 19, 2008
blue
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5 comments:
Não sei do que falas, mas é isso. Soluções não há, ou se há desconheço. Há sempre quem passe o fosso.
por acaso até uma tal rita azul que me fez pensar nisto. para passar o fosso só um escafandro de primeira categoria :)
escritor que se tenha especializado em apanhar cogumelos...
a começar pelo timothy leary, devem ser às dúzias lol
ah ah ah epá 'tou a falar de culinária !!!
ahahahah [tinha que me rir]
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