light gazing, ışığa bakmak

Tuesday, October 7, 2008

melanzane

tive uma infância feliz. ele [omeu pai] é um modelo de homem. foi sempre a construir, ampliar, melhorar. sempre tudo para a família. ajuda toda a gente. dizia eu. e sempre a antecipar-me tudo, na frustração de me ver cair todas as vezes.

acinzentou esta manhã. ah carripana do demónio, pé ao fundo a cem, a descer chega aos vinte. cidades-água, Sintra cidade vila aquática onde a água não se vê mas onde não há mais do que água, onde nado sem escafandro. a origem: todos os outros locais meço por ela. e penso em ti, a estacionar o carro, tirar a mala, subir os degraus da porta principal. como será. cheguei por uma vez à sabedoria de velho do Miguel Esteves Cardoso (os tiques), na família está toda a nossa irracionalidade. olhamo-nos cá fora, cordatos e fazendo sentido. o que somos é só lá dentro. onde estão as castanhas? já chove e sinto-lhes a falta no fumo. tempo de silêncio, gosto de estar só no silêncio, muito tempo. esta noite quero melanzane alla parmigiana (e aqui, igualzinha, and Jamie's, probably the best), o combinar dos vários dados chego a uma paz qualquer.


nota para a parmigiana: a receita italiana é perfeita. o prato não leva menos de duas horas a fazer. o molho de tomate pode ser transportado para muitas outras coisas. no fim, melhor do que só molho, é polvilhar com parmesão para fazer jus ao nome. 3 beringelas, 1 saco de mozarella, o molho pode ser de garrafa para poupar tempo, algum.

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