light gazing, ışığa bakmak

Wednesday, November 5, 2008

a falsa bandeira da miscigenação

sempre imbuídos do espírito das descobertas e da miscigenação, supostamente característica do povo português, achamos depois normal troçar dos emigrantes por falam portinhol ou da mistura com o francês a Norte e com o inglês nas ilhas, achamos normal um comentário descontraído e totalmente xenófobo da líder do partido da oposição (então as obras públicas só ajudam os orçamentos de cabo Verde e da Ucrânia), achamos que devemos defender a cultura portuguesa (de quê?), que o vinho australiano é uma porcaria - o português é que é bom, e já agora o azeite, e que quando se entrevista alguém na escola americana para comentar as eleições (SIC Notícias) esse alguém tem de ser americano e por acaso negro e nunca, mas nunca, ter dupla nacionalidade. Que as pessoas, as ideias e a genética possam co-existir no mesmo espaço com os mesmos direitos... pecado! Superioridades morais ocas. 

2 comments:

Anonymous said...

numa escala de 0 a 10 dou-te 20.
penso que sempre fomos apologistas e campeões das aparências, por isso miscigenação sim, a mais possível, mas à socapa sff.
a preocupação em alardear as diversas expansões da fé, do império, etc, tiveram sempre subjacentes outros interesses bem mais mesquinhos.
infelizmente, os ditâmes das modas continuam a pesar muito por cá.
beijinhos

Ana V. said...

e eu a pensar que ias bater! :)) as aparências contam muitíssimo e os ideais ficam bem na história mas muito mal no presente. beijinhos para ti e obrigada. Ana

 
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