light gazing, ışığa bakmak

Tuesday, January 13, 2009

carta

"À cette parole, je sentis la conversation était devenue glaciale et que, par conséquent, je manquais, peut-être, de la stricte politesse qu'un bourreau de si étrange acabit était en droit d'exiger de nous. Je cherchais donc une banalité pour changer le cours des pensés qui nous enveloppaient tous les deux, lorsque la belle Antonie se détourna du piano, en disant avec un air de nonchalance: «À propos, mesdames et messieurs, vous savez qu'il y a, ce matin, une exécution?»
in Villiers de l'Isle-Adam, Le Convive des Dernières Fêtes

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Desculpa mas é o material disponível e terá de ser poupado. Estou em Sevilha, viemos para o Corpus Christi mas chegámos tarde no sábado santo. Depois lembrei-me que já tinhas morado em Espanha e resolvi escrever-te. (...) Li um conto "Le convive des dernières fêtes" numa daquelas edições minúsculas, pouco maiores do que esta folha. Penso que faz parte de "Contes Cruels". Conheces? São uns contos de 1883, elegantes e negros, à la Poe mas com os salons e soies de Paris. Foi surpreendente para mim porque os franceses são um bocado chatos com aquelas descrições de festas e etc. mas este agarra o leitor. Recentemente li também numa edição Penguin miniatura "Matilda's England" de William Trevor - muito suave, muito nostálgico, muito british, daquelas leituras que tu provavelmente odiarias, com countryside e cottage gossip, mas que me limpam o espírito para outras leituras. (...) Estou louca para que abram as livrarias amanhã. Hoje é Domingo Santo e acho que até as casas de banho estão fechadas.

e pelo Nemo, visuwords.

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