light gazing, ışığa bakmak

Saturday, January 10, 2009

discorrência

um carácter que acabou por ser um pouco estranho. rodeado de normalidade perfeita por todos os lados, pode ser tudo menos igual. no entanto, a proximidade deu-lhe essa vantagem de poder tomar a cor dos lugares, como os camaleões algarvios. entre a falta e a opulência, fala muitas vezes de equilíbrio, enquanto abre os braços no centro do mergulho. a meio ar é impossível ficar.



- - -

esperando ser capaz de lembrar todos os desvios. a original vem do livro  Sabores receitas tradicionais da Madeira, mas uma coisa atrás da outra, substituições imprevistas, e lá foi a Madeira. de notar que o livro tem falhas nas receitas, falhas que detesto, esquecimentos que não julgo muito compatíveis com a qualidade da edição (a sopa de abóbora, lindíssima na foto com a sua couve, omite couve no texto; os ingredientes incluem macarronete e o macarronete desapareceu na parte do como. picuinhices, como bem disse o caravana há poucos dias). adoro picuinhices, nas palavras e nas ervas. esta sopa de castanhas diz "rectifique os temperos" mas temperos na lista de ingredientes nem vê-los. também reconheço, se não fosse assim a receita seria alemã e não portuguesa, para não abrir mão do cliché. a minha vai no mesmo caminho.

sopa de castanhas

o quê: duas chávenas de castanhas cruas ou congeladas, 1 pedaço de entremeada a substituir a carne salgada cortado em cubos pequenos, 100 gr, 1 cebola, um alho, 1 chalota, azeite bom substituindo a banha, duas batatas pequenas, 1 batata doce, 1 pimpinela nome magnífico para o xuxu substituindo o inhame. um terço de couve em caldo verde mais picado, 3 fatias de bacon cortado em pedaços muitos pequenos, umas 200 gr de abóbora em cubos pequenos, 1 lata pequena de feijão frade. uns seis ramos de segurelha, sal e pimenta. 1 folha de louro.

como: refogar a entremeada em azeite, juntar a cebola, a chalota e o alho. juntar depois as batatas, a pimpinela, as castanhas e água. cozer meia hora. acrescentar a couve, o feijão lavado, o bacon, os temperos e a abóbora. cozer outra meia hora e juntar mais azeite.

(e desculpem-me os diabéticos, aquela receita não prestava, é preciso fazer as coisas como deve ser)

No comments:

 
Share