e quando se impacienta com ter de dizer isto de outra maneira porque estava na sala e naquele momento havia muita gente sentada, uns a ver a reportagem, outros a trocar impressões sobre a colheita do ano anterior, ainda outros no chão baixando a cabeça sobre um jogo de possibilidades. por cima do ruído da gente que entra e sai, a corrente de ar a entrar de cada vez que alguém abre a porta, tenta explicar usando as mesmas letras. se desse um passo encostando um dedo do pé ao calcanhar do outro, como uma letra atrás da outra, que se tocam. no fim da risca vermelha da carpete deixa um espaço. é preciso terminar o conceito.
fora da sala, do outro lado das paredes e dos reposteiros crus, na rua e do lado de lá do papel, os cães começaram a ladrar como loucos e varrem a rua numa matilha desenfreada. silva um vento cortante que lhes estilhaça o olfacto e os empurra para a mais selvagem das corridas. no sonho que eu sonhava, eram centenas de cães invisíveis a correr na noite branca.
light gazing, ışığa bakmak
Thursday, February 12, 2009
mikado
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3 comments:
That Twitter feeling, huh? :P
et voilá :)) bons dias !
ah, um sonho também. será por ser 6ª, 13? que estranho (mas bonito).
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