light gazing, ışığa bakmak

Tuesday, March 24, 2009

ora vamos lá à evasão da noite: "On the Waterfront"

"The essence of the stage is concentration and penetration. Of the screen action, movement, sweep." (Elia Kazan)



afinal os pombos do The Way of the Samurai vieram do On the Waterfront. "I don't like the country, the crickets make me nervous." diz Terry Malloy, um herói menos alienado do que o samurai de Jarmush e com uma consciência maior do que o herói do Eléctrico. Karl Malden, um senhor do cinema, é aqui o homem justo, na pegada da tradição de James Stewart. Esse padre no cais é uma personagem de outrora no cinema, existem ainda na vida real, mas já não são heróis, estão fora de moda.
Nos sons deste filme passa-se muita coisa: o som do navio a abafar as palavras de Terry no cais,mais tarde o ruído de um carro a abafar a palavra do irmão no carro, uma espécie de alarme da realidade. Pelo meio, "It is Leonard Bernstein's only original film score not adapted from a stage production with songs."

"I'm gonna take it out of their skulls" e era mesmo verdade, estes pombos morreram tanto como os outros, mas há outros paralelos: o homem redimido, o que luta pela verdade e sobre quem paira uma sentença de morte. Só que este samurai não é solitário, neste mundo de Kazan os homens são grupos, há ainda essa esperança ideológica de grupo. Em Jarmush, a solidão é a única opção.

"Put me on my feet", quantas vezes viu Rourke estes minutos.
"The ordinary man who is seeking for redemption", diz Kazan.

"In Brando there is an ambivalence side, an exterior toughness and a tremendous desire for gentleness and tenderness.", diz Elia Kazan. Para ele a melhor cena do filme é a de amor, no café. "He has that ambivalence in him."

"I could have been a contender. I could have been somebody".

2 comments:

Anonymous said...

se calhar vieram ,um filme interessante é -um homem tem 3 metros de altura -também é passado no cais ,estivadores e sindicatos ...

Ana V. said...

e tinha padres?

 
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