so this is it. na esquina da Miguel Bombarda há um espaço em que estava uma casa. pelas minhas voltas, não deve ter demorado mais do que duas ou três semanas a vir abaixo. agora que tem sido tempo de casas e de arqueologias humanas, não podia deixar de pensar que o desaparecimento de uma casa é mais fundo do que o de uma pessoa, se fizermos contas aos anos. e olhando para trás, desconfio que nunca vivi numa casa nova. de muitas faço uma história de propriedades mais ou menos a custo, de outras nem pensar saber quem lá passou, ou por serem demasiado velhas no tempo ou por serem demasiado promíscuas, mais do que as barrigas de aluguer, e serem de paternidade confusa. gosto das móveis e das modulares, tentativas de as tornarmos mais dentro do nosso limite temporal. aqui faço um paste do defuturing, um conceito que não pode ficar longe destas mudanças. mesmo o seu recheio. digamos que mais intratável do que os recheios culinários, de picos brancos e macios, doces a escorregar na língua molhada. o recheio destas casas de passagem também transita desta mão para aquela, muda de forma, e de cor, de local, de conteúdo até e sobretudo. dividi-lo, segurá-lo, remodelá-lo, um microcosmo das paredes. os navios e os elefantes são muito mais simples.
light gazing, ışığa bakmak
Friday, May 15, 2009
ainda na arqueologia humana das casas
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