Eis a Fotógrafa! Que prazer, Ana. Brindo-a - permita-me - com esta reflexão de Roland Barthes, em A Câmara Clara (Edições 70, Lisboa, 1989): "A Fotografia é uma evidência forçada, carregada, como se caricaturasse, não a figura daquilo que representa (é bem o contrário), mas a sua própria existência. A imagem, diz a fenomenologia, é um nada de objecto. Ora, na Fotografia, o que eu estabeleço não é apenas a ausência de objecto; é também, simultaneamente e na mesma medida, que esse objecto existiu realmente e esteve lá, onde eu o vejo." (p.158)
P.S. - Lisonja = adulação Crítica = exame, apreciação que se faz de uma obra (in Grande Dic.Univ.da Língua Portuguesa)
o objecto forçado, como eu o vejo, gostei. de tantos Barthes, uma boa ideia para re-leitura. touché! :) não me levo muito a sério Berlino. referia-me à propensão universal de produzir mais depois de um elogio, a que não me proponho ser imune embora tente. resta dizer que o edifício é o Teatro Maria Matos em Lisboa. interessante mas a perder impacto no contexto, penso eu.
Ana V.
Cascais. Portugal.
[aviso genuíno: "Talvez alguns leitores achem toda esta conversa algo inverosímil. Para os comprazer, o autor confessa que é da mesma opinião, mas infelizmente as coisas passaram-se como as relatamos."
Gogol em As Almas Mortas.]
["Before my birth there was infinite time, and after my death, inexhaustible time. I never thought of it before: I'd been living luminously between two eternities of darkness."
Pamuk em My Name is Red.]
2 comments:
Eis a Fotógrafa! Que prazer, Ana.
Brindo-a - permita-me - com esta reflexão de Roland Barthes, em A Câmara Clara (Edições 70, Lisboa, 1989): "A Fotografia é uma evidência forçada, carregada, como se caricaturasse, não a figura daquilo que representa (é bem o contrário), mas a sua própria existência. A imagem, diz a fenomenologia, é um nada de objecto. Ora, na Fotografia, o que eu estabeleço não é apenas a ausência de objecto; é também, simultaneamente e na mesma medida, que esse objecto existiu realmente e esteve lá, onde eu o vejo." (p.158)
P.S. - Lisonja = adulação
Crítica = exame, apreciação que se faz de uma obra
(in Grande Dic.Univ.da Língua Portuguesa)
Vou mais pela crítica...
Berlino.
o objecto forçado, como eu o vejo, gostei. de tantos Barthes, uma boa ideia para re-leitura.
touché! :) não me levo muito a sério Berlino. referia-me à propensão universal de produzir mais depois de um elogio, a que não me proponho ser imune embora tente. resta dizer que o edifício é o Teatro Maria Matos em Lisboa. interessante mas a perder impacto no contexto, penso eu.
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