diário de uma turista ocidental: roda gigante

onde está a identidade? embora aqui esteja o coração da União Europeia, foi as nações unidas que encontrei pela avenida, junto à estação do Midi. a feira de agosto, tanto aqui como nos confins da serra portuguesa, é um acontecimento. certas coisas, penso, são comuns à humanidade. tinha passado o quarteirão do chá de menta, das esplanadas de homens, pitas e doçaria do Magreb. ao fundo desse quarteirão onde não se bebe álcool, foi instalada uma feira popular ao longo da avenida perpendicular à linha do caminho de ferro. a feira, ela própria, é constituída por três faixas. as diversões, o espaço de circulação e os comes e bebes, esses permanentes e onde encontrei o café do Almeida. aqui estão os residentes de Bruxelas e não na grande praça por onde vagueiam os turistas. a par do Almeida, o botequim espanhol, as caracoletas, os muitos africanos, os muitos mediterrânicos, árabes, chineses, indianos menos. na zona dos comes as identidades estão expostas em separado. na roda gigante, na casa-fantasma e nos carrinhos de choques somos todos iguais.