light gazing, ışığa bakmak

Saturday, October 3, 2009

eu não queria

estar na mesma página do que o azure de Valéry que não encontro no original. de ideias claras como areia, tão dispersas como areia. aqui não há montanhas. as aves marinhas debicam migalhas de turistas, demitidas da função de grasnar. as mães que embriagam os filhos de colo, destituídas. o escritor aponta uma palavra e olha para ela durante treze dias. acrescenta-lhe outras cinco e passa um mês. ou dois, com aquela construção. avoluma. que não se percebe nada nem tem sinais nem acentos nem aspas e qualquer dia tiras da boca os acentos e o que será. o mesmo que era, se me defendesse. levanta um vento horizontal. uma dia ainda soletro para roubar aquele resto, a vírgula subtraída à língua e como a areia tão clara, vidraçada. eu nã o que ri a.

"[R]andom sampling and aleatory choice from an infinity of possible objects (Ruscha's Twenty-Six Gas Stations, Warhol's Thirteen Most Wanted Men) would soon become essential strategies of the aesthetic of Conceptual Art: one thinks of Alighiero Boetti's The Thousand Longest Rivers, of Robert Barry's One Billion Dots, of On Kawara's One Million Years.... Or again, there are works by Stanley Brouwn or Hanne Darboven where in each case an arbitrary, abstract principle of pure quantification replaces traditional principles of pictorial or sculptural organization and/or compositional relational order." (daqui) algures


the thousand longest rivers

No comments:

 
Share