light gazing, ışığa bakmak

Wednesday, November 11, 2009

sobre as palavras

de onde vejo coisas variadas. que as fábulas de Esopo são tão bíblicas na sua origem como a própria, embora fugindo à divindade (precaução prevenção). autores vários, anónimos, personalidade nebulosa. versões, re-escritas, traduções, andando até cerca de 600 anos antes de Cristo. [e tudo na wiki para não inventar] são as fábulas recontadas, tal como o milagre de Ourique, a nossa fábula de trazer por casa, produto regional.

The Trumpeter Taken Prisoner

A TRUMPETER during a battle ventured too near the enemy and was captured by them. They were about to proceed to put him to death when he begged them to hear his plea for mercy. “I do not fight.” said he, “and indeed carry no weapon; I only blow this trumpet, and surely that cannot harm you; then why should you kill me?”

“You may not fight yourself,” said the others, “but you encourage and guide your men to the fight.”

“WORDS MAY BE DEEDS.”

. . .
todas as fábulas aqui. não me recordo de ter lido esta com a qual concordo tão completamente. e são tantas vezes, souvent são pregos, parafusos, jarras atiradas ao chão e os proverbiais estalos na cara, são festas, lenços, abrigos, casas, portas a fechar com estrondo. palavras de pedra, caramelo e as que sabem a vinagre. pensando nelas sem sequer as dizer e já a língua se eriça com o corte amargo. as que gosto de ver longe, de longe, ao longe, as palavras-balão. vazias.


e fiquei a saber, esse Esopo brumoso que espetava alfinetes através das patas e dos bicos dos animais (muitos deles africanos está provado) seria hoje arrumado sob a etiqueta flash fiction. e com isto se fez um pouco o gosto ao dedo. (gosto de gustativo)

2 comments:

Anonymous said...

bom dia!
maravilha!
obrigado!

Berlino said...

Volta e meia a imaginação dispara-se-lhe, Amiga, e saiem coisas muito agradáveis de ler, ohpps! (Até mesmo as palavras-balão...)
Berlino

 
Share