light gazing, ışığa bakmak

Monday, January 18, 2010

setenta por cento a linguagem

e o resto a história, diz Saramago. depois de ver metade das entrevistas de Conversas de Escritores. a ideia era boa. no entanto... José Rodrigues dos Santos procura uma resposta e uma confirmação. a resposta à pergunta o que é um bom romance (para uso próprio?), a confirmação à ideia de que a literatura já não é o que era, ou seja, a literatura de entretenimento é tão literatura como a outra. o que vai sempre desaguar à procura de confirmação dos seus romances. o que não impede, de modo algum, que estas entrevistas sejam interessantes, que o entrevistador esteja bem preparado, que é bom encontrar ideias comuns aos escritores de literatura e um outro conjunto de ideias comuns aos escritores de entretenimento. e muito engraçado ouvir que não lê literatura experimental (o que é isso?). ah os europeus que se marimbam na história... e o único português que vai ser lembrado garantidamente- Saramago... "ainda bem" que o próprio se coloca no mesmo patamar de esquecimento de Lobo Antunes. não deixei de me surpreender e de lembrar a pessoa que riu na cara de Natália Correia. [aquilo diz Saramago. o resto são pobres quotes do entrevistador]

mas deixando o fait divers. "Lowry began writing “Volcano” in his late twenties. The writing took four drafts and almost a decade. In his early attempts, he was more interested in seeing how many images and symbols he could embed in the text than in creating lifelike characters. It was only in 1939, when Lowry met Margerie, who was herself an aspiring writer, that the novel began assuming a coherent shape. Margerie suggested characters and plot turns, added sentences, and cut back Lowry’s wordiness. She was a good editor, and the only person who could manage her husband’s reckless temperament." (daqui) nem vou entrar no tema "esposas", lembrando a de Nabokov. mas gostei de ver as imagens e os símbolos. [by the way, alguém conhece o título The Last Twist of the Knife]

No comments:

 
Share