Quem é Linda Woolverton? Nunca ouvi falar mas penso que já escreveu o argumento de vários filmes para crianças da Disney. Aqui está o primeiro engano. A Alice no País das Maravilhas, a única e eterna e original, pode ter sido inspirada numa criança, mas não é necessariamente para crianças. Aliás::::: o que é literatura para crianças, fica uma questão. voltando às minúsculas - sininhos, lacinhos, cachorrinhos, e etctrazinhos. even Margaret Fuller knew better. Linda Woolverton escreveu o argumento do Alice in Wonderland de Tim Burton. discordo totalmente do título, o título verdadeiro deveria ser Alice in Underland, à verdadeira maneira de Burton e como as personagens explicam na história. não é que as coisas estejam em redomas mas, quando as histórias são imortais e geniais e outras palavras que rimam, deveria haver algum pudor (!!) em pegar nelas como bonecos, tirar uns um braço, um pedaço de cabelo e outro da saia, colar os os cacos e criar uma historieta moralizante com um princípio, meio e desenlace do mais tradicional que pode haver. os bons aqui, os maus ali, duelo final, blablabla. tenho uma pena descomunal que Linda Woolverton, ou fosse quem fosse que tenha pegado nesta história, o tenha feito. a Alice original é uma masterpiece, afinal o preciso oposto da historieta que se criou para este filme, ainda para mais às cavalitas da original. (mania irritante de substimar as histórias)
light gazing, ışığa bakmak
Friday, March 5, 2010
Alice no mundo subterrâneo
agora o resto: visualmente, esta Alice é um estrondo. o Underworld de Tim Burton é outro mundo Avatar que não fica atrás. a floresta, algumas criaturas, as cores, a animação, acima de tudo o espectacular guarda-roupa e a caracterização, o incrível gato (Chessup em português!). ando a ficar viciada em três dimensões, quero ir para lá e lá ficar. que mundo admirável. (e de repente lembrei-me da absoluta tristeza de uma Alice de quase vinte anos a dizer que não casa com o Lord porque quer ser independente: mas o que é isto??? estamos no alfabeto e ainda ninguém sabe ler...) já para não dizer nada da "solteirona" (vamos todos ser ofensivos gratuitamente, sim, sim?)
continuando as coisas boas: o Johnny Depp. há quem não goste por ser maneirento. há quem adore por motivos muito extra-cinema. sou adepta irracional pelo que a minha ideia não deve contar. outro personagem inesquecível, único, original, que nunca ninguém fez nem poderia ter feito e que ficará para a história dos personagens do show biz únicos e inesquecíveis. Todos os actores estão bem, a rainha de copas, por quem nutro uma afeição sentimental secreta, sim, está conforme a original e à sua altura. a rainha branca, pois está bem, sim, claro.
ainda a pensar, sem ter tirado conclusão para além de achar a imagem bonita e de julgar que faz relembrar o incurável romantismo - piegas do pior - de Tim Burton: a imagem de Alice / Joana d'Arc numa mistura com as imagens de Christina Rossetti e São Miguel o arcanjo ou São Jorge a derrotar o dragão do mal. ainda assim prefiro Raphael.
. . .
agora é que vi: "Tim Burton's Alice sacrifices the book's minimal narrative coherence -- and much of its heart -- but it's an undeniable visual treat". pois, está certo.
(it's Alice number two, mom!) para os que não conhecem a number one, esta vai ser a nº 1.
Publicado por Ana V. às 11:39 PM
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