"the same dark question often rose into her mind with
reference to the whole race of womanhood. Was existence worth
accepting even to the happiest among them? As concerned her own
individual existence, she had long ago decided in the negative,
and dismissed the point as settled. A tendency to speculation,
though it may keep women quiet, as it does man, yet makes her
sad. She discerns, it may be, such a hopeless task before her.
As a first step, the whole system of society is to be torn down
and built up anew. Then the very nature of the opposite sex, or
its long hereditary habit, which has become like nature, is to
be essentially modified before woman can be allowed to assume
what seems a fair and suitable position. Finally, all other
difficulties being obviated, woman cannot take advantage of
these preliminary reforms until she herself shall have undergone
a still mightier change"(...)
na Scarlet Letter de Hawthorne.
não só traduzida por Fernando Pessoa como escolhida por António Lobo Antunes para a sua selecção de genialidades. podia-se enganar um aqui e o outro ali mas nunca os dois ao mesmo tempo. e que não tivessem dito nada, nenhuma diferença faria. tenho a certeza de que esta Letter tem sido um festim para o feminismo, como o está a ser para mim. quantas letras teria eu coladas ao corpo, quantos Salems, quantas fogueiras no Terreiro do Paço para que me sente hoje no café Saudade frente à meia de leite e à Letra Escarlate.. a mightier change chegou e está lentamente em curso. ipod hoje, carrocita de madeira que já foi. aqui não há grandes lágrimas.
- - -
«Embora eu prefira os seus inumeráveis rascunhos, apontamentos, esboços e pequenos textos de toda a ordem, A Letra Encarnada é um livro admirável daquele que foi, a par de Melville, o grande escritor americano do século dezanove. Aliás amigos íntimos (alguns insinuam que mais do que isso) professavam admiração recíproca. Hawthorne era um homem estranho. De beleza física invulgar foi um puritano toda a vida, sujeito a crises de desânimo e insegurança constantes. Valia-lhe o apoio da mulher, muito mais forte psicologicamente do que ele e que se manteve a seu lado numa dedicação inalterável. Este romance dramático e intenso é uma obra--prima, como praticamente tudo o que o autor deixou. Curioso o facto de uma novela tão americana na sua trama essencial tocar o leitor de cultura muito diferente pelo jogo de emoções e temas. Apesar de, no fundo da alma, Hawthorne ser um moralista severo, é capaz de flagelar com arrebatamento a severidade essa parte de si mesmo, na autocrítica arrepiante a que procedeu toda a sua vida.»
António Lobo Antunes
a propósito: e o resto da "biblioteca"?
light gazing, ışığa bakmak
Thursday, March 25, 2010
"was existence worth accepting"?
Publicado por Ana V. às 2:06 PM
TAGS AmLit, Biblioteca de Babel, Mulheres, The Scarlet Letter
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