em não ser especialista. misturar tudo. a sopa de letras não tem um lugar único e insubstituível no coração literário de cada um? estranho para mim é esta imagem não ter sido retocada em nada, nem um pouco. a cor, que passa tão rápida quanto são permanentes as velas que nos velejam os pensamentos (cordame, casco, amarras). e a correr o risco de ficar sem mais parêntesis: para ti, meu caro, a prescrição de duas avé-marias diárias, ao acordar e outra em horário à escolha, conforme o dia e estação do ano. porque por vezes agradecer o fio de água no vidro ou por vezes está barulho na rua. andando e a julgar que os espaços abertos e rectilíneos e no betão mais literal, corridos por fiadas de metal, jogam com os cones e torreões, voltas floreadas do passado. escrevo torreões e acendem-se as ondas vermelhas em sublinhado atentando contra a minha liberdade de errar ou divagar. depois da ponte, por onde entra uma tentativa de mar, depois da imagem de bolso, tirada já milhares de vezes e tendo corrido os continentes, percebo que posso entrar nela, no postal ilustrado. Casa de Santa Maria, cá está, aqui um pouco desviado o centro da atenção de modo a excluir o farol à sua esquerda. a entrada faz-se pelo lado oculto, ou seja, fora do postal, e foi ali que encontrei o canteiro de amores-perfeitos. é tempo de amores perfeitos, Abril, não me tinham dito. dentro da casa as velas da ausência marítima no tecto de uma sala. descendo da capela, a janela mostra só água e brilhos. janelas de água nas paredes.
light gazing, ışığa bakmak
Wednesday, April 7, 2010
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