o que se perdeu. dos românticos ansiosos por pôr à prova a moralidade e por descortinar de onde vem o carácter íntegro. pegar nele e fazê-lo passar as provações e a degradação, afinal a mesma história desde Hércules, Jonas, e de todos os cavaleiros que se preocuparam com a honra e com a moral. (havia mulheres nesta história?)
retirou-se a moral à história. ficou-se -não sei se- preso na perplexidade do ser assim, agora à larga e sem limites para o mal para o bem ou para o incongruente. cada romance um olha lá o que fez este (o homem do guindaste e o outro no Parque Eduardo Sétimo). não admira que a história deixe de interessar porque não tem ética logo não tem fim. é só ver. também não admira que Kafka seja o deus deste céu.
que saudade do morninho da moral. saudade explorada pela indústria (agora são 3, Pais do Amaral, o banqueiro pintor e outro, quem, ah os livros ao domicílio -Konsalik). os livros baratos ainda a têm, e muita, para se sair da história saciado. baratos, outra expressão desactualizada: os clássicos são gratuitos e os Konsaliks a quatro contos de réis ou mais. [tomar nota: contos de réis, que bonito nome]
de dentro da caixa de vidro onde tomava café via-se a rua como se estivesse dentro de um aquário. a chuva foi tão intensa que todo o espaço exterior visível era água, e nós passageiros de um aquário invertido, os peixes aéreos de um mundo aquático. um homem segura a porta e as águas, que teimam em entrar por baixo inundando o tapete. outro perde-se a olhar uma lagarta preta que talvez suba a parede. adoro a chuva, diz a mulher sarcástica.
Benito e a arte vilã, a manipulação.
light gazing, ışığa bakmak
Friday, April 16, 2010
konsalik
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