light gazing, ışığa bakmak

Tuesday, May 11, 2010

memória de elefante

sendo a menos católica da família gosto do contraste de ter sido a única a pôr-lhe os olhos em cima (que esta terra há-de..). veio e mostrou os dentes. a minha avó, já viúva, lembrou-se um dia que não queria morrer sem ver o papa. meteu-se ao caminho, de avião pela primeira vez na vida e cheia do terror de voar, parte de um grupo de freiras e beatas. Roma! que bonita cidade. mas o malandro do papa não estava em casa e ela morreu mesmo sem o ter visto.


pelo meio das bandeirinhas ocorreu-me que, meio milénio atrás, coisa mais ou menos, corria a mesma gente a Belém para ver o elefante, Salomão em Saramago.

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