primeiro foi alegria entusiasmada e fora de propósito. novo assunto, novo autor, acompanho as leituras de Enrique Vila-Matas em Diário Volúvel, o único seu na famigerada Fnac. e depois começa a incomodar-me a intimidade, não por deixar de gostar de ler, mas por continuar a gostar. fosse wordpress ou blogger passava como leitura normal. assim em papel sinto-me tão Jimmy Stewart.
- - -
"No Paris do clochard de La Hune, inúmeros preparativos para o centenário do nascimento de Samuel Beckett, aquele escritor que, quando no inquérito de um jornal lhe perguntaram porque é que escrevia, deu a resposta mais breve, mais «bonsai» entre os cem interrogados; uma frase sem recorrer ao verbo e apenas com três sílabas: "Bon c'a ça" ("Só sou bom nisso"). Maldita piada que Beckett acharia a todas estas homenagens. Deduzo que acabarão por se converter em algo que o próprio Beckett já definira muito bem: "queca de verbo"."
em Diário Volúvel de Enrique Vila-Matas.
No comments:
Post a Comment