as ruas turísticas cheias, o areal iluminado por focos amarelados que nos tornam irreais a continuar a água. os picos brancos da feira do livro brilham no escuro. música do mundo e o cheiro intenso das farturas e o cor-de-rosa do algodão. ao fundo o quiosque das conchas. de noite.
metade das bancas são livros infantis. a explosão da oferta destes livros quase me leva a desconfiar que os filhos devem ler mais do que os pais. (ou que os jogos electrónicos são demasiado caros para prendinhas de aniversário). na banca que junta o Planeta Tangerina, Kalandraka, e outras, são todos bons. veio -em vez- um W. G. Sebald de viagens, com capa de onda. "Em Agosto de 1992, quando os dias do Cão estavam a chegar ao fim, empreendi uma viagem a pé pelo condado de Suffolk"... longe das cruzes de Santiago e de Fátima, suponho, longe dos pequenos recantos da virgem com velas e flores de plástico. o alemão que dialoga com a morte.
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