light gazing, ışığa bakmak

Saturday, July 31, 2010

Saginaw


li poucos relatos mais vívidos e lúcidos sobre a América pré-colonizada. impressionante a descrição da floresta e dos diversos encontros: canadianos, colonos, mestiços e índios. uma excelente escolha para a leitura de sofá da Angelus Novus, imperdível, a melhor tapa-aperitivo que tenho lido de um soluço nos últimos tempos durante mais o menos o tempo que dura um mau filme.

é impossível, depois de ler o relato da viagem que parte de Nova Iorque, passa por Buffalo, atravessa o lago Erie até Detroit, e daí passando o rio Flint até ao último outpost da civilização, Saginaw não ir a correr ver o mapa e encontrar, como se esperava, o quadriculado dos campos cultivados, a grelha das highway. é inevitável o total fascínio por duas forças totalmente opostas: o modo de vida dos índios americanos por um lado, aquilo que seria uma opção viável ao modo de vida que a cultura europeia impôs à história; e o refinamento e a clareza de pensamento de Tocqueville, um digno e excelente representante dessa mesma cultura.

a tradução clara e fluída (Houart!), uma excelente leitura.

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