light gazing, ışığa bakmak

Tuesday, August 3, 2010

Báltico

os pássaros são maiores, em branco e preto, como deve ser tudo no inverno a pedir lápis. uns deles têm parte da cabeça cinzenta e o resto é todo negro. barulhentos como patos, discutem com os pequenos cães de trela. este mar, onde quero enterrar os pés e sentir o frio, é de chumbo, por pesarem o céu baço e a água que podia ser sólida com pequenos picos. no meio ilhas de moinhos que giram gigantescos. algumas velas. quando cheguei pensei cinza e um verde descolorado com as árvores em contorno quase da cor dos corvos deste mar de chumbo. a vegetação de beira da estrada é toda desconhecida. imagino patos e lagos em sonhos que se passavam no Minnesota, sem ter voado para lado nenhum nem ter visto do alto os gelos da Terranova. var vänlig stör ej. tanto do mar como eles, devíamo-nos olhar cara a cara e conhecer as mesmas marcas.

Have you seen a tramp collier ...

Have you seen a tramp collier come out of a hurricane—
with broken booms, gunwales shot to pieces,
crumpled, gasping, come to grief—
and her captain gone all hoarse?
Snorting, she puts in at the sunlit wharf,
exhausted, licking her wounds
while the steam thins in her boilers.

Harry Martinson, Nobel 74
daqui

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