uma dia de belo cinema ontem, com o Amarcord a passar na rtp2 à meia-noite, um filme que me ensinou a ver cinema, que já vi mil vezes, do qual sei diálogos de cor, quase família das personagens que nele vivem. memorável, sempre. (outro acontecimento será a passagem de Saraband por Lisboa, já no final deste mês).
e que esbateu também a impressão e o gosto argentino deixado pelo Segredo dos Seus Olhos de Juan José Campanella, com apoio do cinema de Espanha (vivaaEspanha!). bastam os três minutos iniciais para entender as cores do resto das imagens, o peso que carrega a cultura argentina, o volume e consistência do damasco mais precioso da língua, o intrincado da cultura daquele país complexo e fascinante. também se percebe muito rapidamente que só esses três minutos de filme, óscar estrangeiro, são melhores do que as duas horas do óscarizado para melhor filme, mas nem valia a pena tocar neste assunto e na palhaçada comercial que tem lugar no Kodak Theater todos os anos.
não deixa de ser entretenimento, numa história que une acção, romance, mistério, e um pouco de comédia, mas o restante cinema de entretenimento podia ser mais assim. absolutamente fantástico Guillermo Francella.
a review do NYTimes, aqui, que me deixou com vontade de ver a Laura de Otto Preminger.
light gazing, ışığa bakmak
Sunday, August 15, 2010
El secreto de sus ojos, José Juan Campanella
Publicado por Ana V. às 11:25 AM
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