light gazing, ışığa bakmak

Friday, August 6, 2010

Nyhavn

o centro das multidões, a foto do postal, os Jerónimos desta cidade que tem barcos encalhados na água de Nyhavn com a sua carga preciosa de turistas sedentos de mais Nyhavn em cinco minutos. a pequena sereia está um pouco acima, em ecrã directo de Shangai (pavilhão de água pura) e a embaixada portuguesa, digna, com chão de madeira e as imagens nacionais (vote!) a meio caminho. os candelabros do café Quote, de onde levo o smørrebrød -combinações quase infinitas de cores e de tudo o mais. foi assim, quase tal e qual que comi, com rebentos ainda e duas gotas de azeite. à beira do Báltico mar de metal irresistivelmente belo chumbo sob céu nublado, ainda chumbo à luz do sol, de onde espero partir ainda, outro ano, em direcção às cúpulas da bela Tallin sob a neve. a roupa suja a um passo do coração da cidade ovo: belíssima Carlsberg, a melhor da vida, no silêncio das ruas sem trânsito de motores ["f*ck the crisis!"]. no Rosenborg Have, dezenas de pequenos grupos em conversa. toalha no chão, vinho e copos ou cerveja, as bicicletas ao lado, bancos e conversa, almofadas como as almofadas de espreguiçar no Moderna Museet de Malmö (this is the life). a um canto do parque, teenagers góticos, furados, cabedal, onde estará o motivo da revolta agora que se gastaram os motivos. tarde gloriosa de final de semana em Peblingesøen onde brilham os telhados verdes, os antigos e os novos, living roofs. (e se de repente naquele sítio se perdesse toda a identidade todos os bens todas as memórias, e se passasse a ser a mulher sem qualidades)


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