light gazing, ışığa bakmak

Thursday, January 6, 2011

the N word

Ainda em debate, na primeira página do NY Times de hoje: é legítimo substituir uma palavra (210 vezes) de uma obra literária? Calhou andar a ler a versão adaptada para ESL students da Oxford Bookworms onde a substituição [slave em vez de nigger] está feita, penso que sem contestação. O percurso de adaptações e utilizações desta obra é já tão longo como o do "milagre" de Ourique. O facto de haver debate é por si só significativo. Para mim tão pertinente como assustadora a pergunta de Paul Butler: "Why read that book?", tendo em conta que eu própria disse ontem "omitindo as que prefiro não ler por escolha própria".

Aqui também, um excelente artigo, na Libray of America.

e a brilhante resposta de Twain à censura de Huckleberry Finn, também daqui:

". . . a committee of the public library of your town have condemned and excommunicated my last book and doubled its sale. This generous action of theirs must necessarily benefit me in one or two additional ways. For instance, it will deter other libraries from buying the book; and you are doubtless aware that one book in a public library prevents the sale of a sure ten and a possible hundred of its mates. And, secondly, it will cause the purchasers of the book to read it, out of curiosity, instead of merely intending to do so, after the usual way of the world and library committees; and then they will discover, to my great advantage and their own indignant disappointment, that there is nothing objectionable in the book after all."

desconfio que, hoje, diria algo semelhante.

No comments:

 
Share