abri um tubo de cera em creme, laranja e com consistência de doce. lembrava-me madeira agora cheira-me mais a químicos desconhecidos, se penso um bocado. os soalhos eram enormes, de pranchas maciças de madeira que continuavam pela casa, de quarto para quarto, usados e pesados. ela começava de manhã. tinha uns trapos que punha debaixo dos joelhos e não usava luvas. espalhava a cera em cada centímetro de área, do princípio ao fim da casa, durante umas horas, talvez toda a manhã. e por todo o lado se espalhava este cheiro que para mim era de madeira. de tarde puxava o lustro, como se dizia, uma missão que fazia quase à bruta. as janelas abertas davam para o palácio e para as árvores que desciam até à correnteza.
light gazing, ışığa bakmak
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