quando isto por vezes não passa de um freak-show com olhos duvidosos que espreitam para dar a dentada da sua porção de vida, sanguessugando. pode ser tão nobre: a divulgação; ou tão ético: a partilha. ou tão pré-rafaelita. uma escolha viável é não ficar muito tempo nessas dúvidas de método ou de encenação-
em Ceremony [outra noção de faceless, de matar alguém que tem um rosto, humano ou não. o antigo sacrifício, mesmo o sacrifício mais recente, não será mais humano do que a matança sem rosto que nos alimenta?]. ler Ceremony como outras obras deste currículo pode não ensinar nada, como pode ser usado para uma espécie de iniciação à chamada espiritualidade, a que entra pela ideia de wholesomeness ou que valha, sintonias e inner cores, mas decerto relembra factos simples e desabitados.
"In the old way of warfare, you couldn't kill another human being in battle without knowing it, without seeing the result, because even a wounded deer that got up and ran again left great clogs of lung blood or spilled guts on the ground. That way the hunter knew it would die. Human beings were no different. But the old man would not have believed white warfare - killing across great distances without knowing who or how many had died. It was all too alien to comprehend, the mortars and big guns; and even if he could have taken the old man to see the target areas, even if he could have led him through the fallen jungle trees and muddy craters of torn earth to show him the dead, the old man would not have believed anything so monstrous."
Maupassant chorava perdas no La Vie Errante.
"Dans cette chaleur, dans cette poussière, dans cette puanteur, dans cette foule de populaire en goguette et en transpiration, dans ces papiers gras traînant et voltigeant partout, dans cette odeur de charcuterie et de vin répandu sur les bancs, dans ces haleines de trois cent mille bouches soufflant le relent de leurs nourritures [e aqui lembrei-me do paquete de Film Socialisme, às tantas a queixar-se da mesma coisa], dans le coudoiement, dans le frôlement, dans l’emmêlement de toute cette chair échauffée, dans cette sueur confondue de tous les peuples semant leurs puces sur les sièges et par les chemins, je trouvais bien légitime qu’on allât manger une fois ou deux, avec dégoût et curiosité, la cuisine de cantine des gargotiers aériens, mais je jugeais stupéfiant qu’on pût dîner, tous les soirs, dans cette crasse et dans cette cohue, comme le faisait la bonne société, la société délicate, la société d’élite, la société fine et maniérée qui, d’ordinaire, a des nausées devant le peuple qui peine et sent la fatigue humaine.
Cela prouve d’ailleurs, d’une façon définitive, le triomphe complet de la démocratie.
(...)
Je ne protesterais nullement d’ailleurs contre l’avènement et le règne des savants scientifiques, si la nature de leur œuvre et de leurs découvertes ne me contraignait de constater que ce sont, avant tout, des savants de commerce.
Ce n’est pas leur faute, peut-être. Mais on dirait que le cours de l’esprit humain s’endigue entre deux urailles qu’on ne franchira plus : l’industrie et la vente
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assim acabando a alma humana no coração de Maupassant que, logo de seguida, foge para Itália e de barco recorta a costa até Florença. quase ontem ouvimos The Ice Bear. e entretanto desligo tudo menos o silêncio que ficou depois de uma tempestade ter ribombado a passar com pressa na direcção da serra.
depois de não haver meio de olhar para o lado, o que é inacreditável é que se diga 'vamos salvar' so-and-so precisamente antes de lançar dezenas de mísseis sobre esses que se estão a salvar; que se declare no-fly-zone o espaço que se utiliza para levar a cabo o salvamento. porque sempre que se acreditou em palavras, quaisquer que fossem para além da ficção que se diz ficção logo à cabeça (estou aqui a inventar, isto é mentira, é uma história que inventei enquanto movia paperclips de um lado para o outro na secretária, ou mesmo enquanto dormia, mas dei-lhe um final mais confortável) - seguiu-se a queda. -do paraíso talvez.
light gazing, ışığa bakmak
Tuesday, March 22, 2011
"cette odeur de charcuterie"
Publicado por Ana V. às 11:19 PM
TAGS Biblioteca de Babel, kiddos, Leslie Marmon Silko, native american literature, Stuff
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