uma brincadeira, claro. uma marca inequívoca da solidão: um colarinho mal posto. ninguém olhou para ti antes de mim, ninguém que tivesse um sentimento forte o suficiente para te dizer ou para te aprumar com as próprias mãos. hoje abriu a feira do livro e Fernando Alves apontou-me Ana Maria Matute, escritora nascida em Barcelona com a qual ainda não me cruzei. talvez venha a estar publicada na colecção de literatura catalã da Cotovia. este ano, da feira quero apenas as imagens de Walser e talvez algum Sebald que me tenha escapado, penso haver um (cá está ele, da teorema). como qualquer árvore centenária do bosque encantado de Fernando Alves (quem sabe ao fundo depois das árvores se esconde um lago sobre o qual a neblina paira. como nos romances medievais ou como nos romances, mais prosa que nunca, do romantismo que se tornaram vida para muitos imitadores; todos os suicidas do lago Como nessa neblina. -imagino que a Oriente numerosos sejam os lagos, mas não os conheço senão das imagens de papel de arroz, poucas).
[na lista de episódios estranhos: "Sessões de Autógrafos - Sessão de autógrafos com Greg, personagem de O Diário de um Banana"] penso que esse tal Greg personagem vai lá estar todos os dias.
ao fundo, rosado, foi este clipper que vi seguir de frente para o mar, abandonando Lisboa (Alexandra leaving e um homem de olhos postos na entrada do oceano, ou saída, coleccionando embarcações).
como qualquer obra literária, o Caderno Cinzento tem feito o que eu esperava dele- alterar o estado do mundo.
light gazing, ışığa bakmak
Thursday, April 28, 2011
alguns títulos reunidos
Publicado por Ana V. às 10:01 AM
TAGS Biblioteca de Babel, Josep Pla, Robert Walser, Stuff, W. G. Sebald
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