usar frases estereotipadas, contra a memória, quando esta é demasiado dolorosa, ou de dimensão inapreensível. a língua como defesa, esconderijo.
não sei se será totalmente assim. muitas vezes, na alegria, recorre-se a frases ditas mil vezes, e com lucro também - a Hallmark que há décadas se dedica a criar os sentimentos alheios. não sei se a confusão interior limita a expressão ou a cala, quase tentação de negar o sentimento. três pessoas em momento de enorme felicidade, as três com diferentes graus de capacidade linguística e serão três relatos tão diferentes. o primeiro linear, curto e de frases aprendidas; o último detalhado, adjectivado, cronológico. e o sentimento inicial, foi diferente? aqui divago.
"A realidade da destruição total, incompreensível na sua extrema contingência, dilui-se em fórmulas enredadas (...)"
na História Natural da Destruição de Sebald.
light gazing, ışığa bakmak
Monday, June 27, 2011
memória
Publicado por Ana V. às 7:03 PM
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