light gazing, ışığa bakmak
Sunday, July 24, 2011
entre Reguengos e Évora
por volta das oito da noite. a estrada é boa mas perigosa. as cores dos campos e do céu onde desce o sol, laranja enorme, inesquecíveis, como a força da luz branca a meio do dia. a certo ponto da estrada, junto a uma árvore, dois carros estacionados e os ocupantes a olharem os milhares de pássaros que se reúnem em poucos metros de fios eléctricos. um coelho à beira da estrada, centenas de vacas de várias cores que nos olham se as chamarmos. as árvores formam um túnel, a certa altura. para trás ficou a água inesperada do Alqueva, tão deslocada que ainda as aldeias não deram por ela. Reguengos tem um parque genial, desenhado para todas as idades, onde o fim de tarde é tão doce com o português cantado das suas crianças. por todo o lado vinhas, olivais, a planície está arrumada. muitas herdades, é o nome. por vezes, duas árvores passam diante do sol laranja que desaparece em cada descida de colina, a estrada acompanhando o desenho da terra, ocasos falsos, e volta a surgir quando a estrada sobe. o céu é rosado e violeta como nos quadros baratos com paisagens exageradas. entrada em Évora com a noite quase a cair. no exterior da praça vemos cavaleiros e cavalos, sedas e brocados, prontos a entrar na arena.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
1 comment:
Adorei o texto a roçar aquela prosa romântica à antiga portuguesa. As fotos andam pelo fb? já lá vou espreitar!!! bom domingo!!! marg
Post a Comment