desde que Sebald me alterou o modo de ver o que passou, num paralelo repentino com Virginia Woolf, sinto-me tão enganada como a certa altura, quando estava no colégio, e vi claramente que aquilo era ilusão, que não havia uma correspondente realidade para as palavras que me diziam. a reacção é um sentimento de confusão e de se estar perdido num local imenso, mas de seguida respira-se a liberdade de poder pensar qualquer coisa, seja o que foi. mais tarde disseram-me que convinha apoiar esses pensamentos voláteis em algo palpável. ainda hoje me dou mal com as citações. assim- a história não é progresso. nem evolução, apenas mudança como sempre soube o poeta. a história não é uma linha, nem um círculo, mas redes e redes e cadeias tão numerosas que se perdem todos os fios. a história não é uma narrativa, mas multidões de vozes, as ouvidas e as transparentes -como o som das pedras- num sussurro simultâneo e contínuo. a história não é sequer real, mas tantas ficções quantas as pessoas que a constroem. partindo daqui; tenho para ler Benjamin, Adorno, Foucallt, mas levemente, mais leve ainda do que o Angelus Novus de Paul Klee.
há sempre esta possibilidade, tão limitada quanto as anteriores.
light gazing, ışığa bakmak
Friday, September 23, 2011
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Publicado por Ana V. às 10:31 AM
TAGS Biblioteca de Babel, Mulheres, Stuff, Thomas Mann, W. G. Sebald
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