quase dois meses, desde 5 de Setembro, em que convivi com o improvável herói de Berghof. das listas de temas normalmente evocados, das impressões iniciais, não sobra muito. o que começa por ser uma viagem quase pícara a uma memória de três semanas, acaba por se tornar no grande tratado, um documento, de um final. uma colecção metódica e grandiosa dos bens de alguém cuja morte está anunciada. agora poderei voltar, de fugida, às cartas.
ontem- à excepção das duas lâmpadas sobre o altar, a iluminação da capela era assegurada por iluminação amiga do ambiente. variadas conclusões poderiam ser daqui retiradas.
o que dizer perante a alucinação mais desvairada? para além do espanto, serve-me para rever passados, algumas vidas mais proveitosas do que outras. ao almoço, contava-me como tinha inventado aparições e como os mais rijos homens tremiam de medo. rimos. julgarmos que, por algum motivo, valemos mais do que uma azeda (neste esquema hierárquico que criámos para justificar a nossa mesquinhez), é já de si uma enorme ilusão.
light gazing, ışığa bakmak
Saturday, October 22, 2011
despedida e aparições
Publicado por Ana V. às 8:48 PM
TAGS Stuff, Thomas Mann
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment