deslindar as dívidas, feijão por bife, andar a pé, ir ao restante gratuito, dar emprestar vender, produtos brancos, da receita levar metade, roupa indispensável, as máquinas aguentam, couves no quintal, frasco das moedas, canais cancelados, o ginásio e as actividades, praia e praia, reciclar à força, fugir à portagem, fugir à viagem, nem chupas nem chicletes, mandar curriculos, fechar a luz, fazer à mão, saldos descontos ofertas brindes. há muitos graus nas mudanças, despedimentos, prejuízo, quem fica e quem vai. no pequeno comércio a decisão de mandar alguém para casa, alguém com quem se divide o dia há muitos anos, pode ser a última hipótese e aguenta-se, tenta-se resistir a esta doença da imunidade em que o estado se vira contra quem é suposto proteger ou melhor, servir. emprestas-me... ? uma nova vaga de pobreza, vítimas de circunstâncias longínquas, de sistemas desconhecidos em que, momentaneamente, se depositou confiança. afinal o que penso é que os indignados são poucos e a indignação pequena para a hipocrisia de um sistema que gera bolhas sobre bolhas de inexistências. a ideia de impotência, que é sabida mas posta de lado, assim como saber que se morre mas não se pensar nisso, por fim às claras. pisamos territórios novos.
por outro lado, há muitos outros locais no planeta que olham de cima para este estrebuchar, e ainda mais que olham de baixo com desejo. ficamos-nos com a traição.
light gazing, ışığa bakmak
Monday, October 17, 2011
imuno deficiência social
Publicado por Ana V. às 10:39 PM
TAGS Portugal é um país de, Stuff
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