António Pinho Vargas:
e a ideia de que tanto pianistas como programadores culturais não ousam ser do seu tempo, o que de certo modo se liga à ideia anterior: verdade, as condicionantes do mecenato e dos patrocínios cortam as programações, todos se vergam de certa maneira à falsa democracia da cultura, é o medo de arriscar, de dar ao público aquilo que o público não quer (ai que me faz doer a cabeça isso, pensar, música estranha, a cabeça adormecida ou anestesiada), é a ditadura da audiência e o medo de se ser acusado de elitismo (pecado supremo). continuo a pensar que a ideia inicial da OML, antes dos desvarios financeiros (e quem não se desvariou financeiramente na europa, afinal) era perfeita e simples: levar a música (e nem se dizia erudita) a locais (e públicos) inesperados - era a formação de públicos num país onde cinquenta por cento da população tem o nível de ensino entre ZERO e o ciclo.
na factura da electricidade pago uma taxa para a televisão. aborrece-me. já não tenho teatro na tv, não tenho o Mário Viegas, não tenho nenhum Vitorino Nemésio, concertos... hm poucos, história, bailado, cultura afinal. até agricultura, quase nada. pago por desvarios políticos, futebol novelas e concursos obtusos, aborrece-me.
light gazing, ışığa bakmak
Thursday, December 15, 2011
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