Tal como no acto mais extremo que me lembro de ter feito contra um livro: deitei A Vida Modo de Usar no contentor do lixo porque tinha receio que lá dentro tivesse alguma coisa que fosse para mim. Assim nunca soube se estava mas durante anos penei pela maldade a uma das minhas obras preferidas de sempre. Cinco anos mais tarde comprei outra, mas não sem remorso.
Muitas vezes se está publicamente preenchendo o bloco de notas e nele deixa-se uma citação ou uma imagem, em género standalone, como uma coluna, que por si só se divide em inúmeros e multifacetados significados. E o leitor ou o leitor visual sabe que deveria conhecer esses todos significados e tudo o que misteriosamente simbolizam. Mas não creio que o leitor faça ideia dessas tantas ideias. Nem ele, nem sequer o iniciante declamador silencioso.
Não sei como chegar ao tom da imagem anterior, uma névoa de rosa, e intimista que suaviza tanto a pele da imagem como superfícies frias, o chão ou as paredes. No seu olhar, e do modo que o consegue, Leah transforma em interior tudo o que toca. Silencioso, um pouco diáfano. Gostaria de explicar com alíneas porque me atraem tanto aquelas imagens mas teria de me explicar a mim própria neste momento no tempo, com parágrafos numerados e quem sabe chavetas.
light gazing, ışığa bakmak
Friday, January 27, 2012
se não quero, não quero
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