"Diz a editora, em registro franco, que, sendo hoje de sete semanas, nas livrarias, a longevidade de um livro (excetuando os raros sobreviventes), a crítica literária nos jornais é incapaz de acompanhar esta rotação veloz e, por isso, torna-se um esforço inútil, conversa de afásicos para surdos. A coisa pode mesmo ser tão anedótica como uma tartaruga a falar com uma lebre em corrida: “Já vi críticas que saíram um ano depois da publicação dos livros a que diziam respeito. Não serviram a quem as escreveu nem a quem publicou o livro. Talvez sejam iguais ao silêncio, enfim.”
Nesta visão límpida, a crítica ou serve para vender livros ou não serve para nada; ou é um derivado da publicidade ou sucumbe no silêncio inócuo. "
para ler tudo, aqui.
se bem que livros não é o mesmo que dizer literatura. a crítica pode ser literária quando critica literatura ou pode ser, como chamar, notas sobre a publicação do livro x. pior: esta 'mundivisão' [por vezes sonho que estou só no mundo e que afinal livros de vampiros ou de qualquer outro assunto idiota devem ser literários, eu é que não vejo bem a coisa], dizia, esta 'mundivisão' alastrou a todas as áreas da criação.
é que aqui a coisa não é democrática: os melhores daquela área decidem quem são os seus pares e não, como pretendem os vendedores, publicitários e senhores jornalistas, os votos da população.
light gazing, ışığa bakmak
Sunday, February 5, 2012
sete semanas
Publicado por Ana V. às 10:15 PM
TAGS Biblioteca de Babel
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