celebrar o fim do inverno do descontentamento, já sem desculpa para ligar o aquecedor, iniciando os treinos para o verão. ou retomar a vida.
ainda na porta da entrada de Chatwin, não me sai da cabeça o diálogo com Sepúlveda na espanada da plaza Cataluña (meia hora no aerobus por cinco euros) em que trocaram palavras como os cães trocam fungadelas: reconhecimento territorial. e ocorreu-me que a chamada literatura de viagens, etiqueta que me desagrada até porque toda a literatura são viagens, se tem regido por normas dentro daquela lógica. foi toda ela masculina e masculinizada, dentro do ideal aventureiro corto maltese. neste arrumar do mercado de certos livros em certas prateleiras - para além da (i)lógica suja dos mercados e dos vinte dias de visibilidade prateleiral, faz-se prolongar esta ideia que de certo modo tolhe a minha liberdade de pensar. estando no hall de entrada de um autor que descreve uma casa como cheirando a missa, o melhor que tenho a fazer é limpar os pés.
light gazing, ışığa bakmak
Tuesday, March 20, 2012
treinos
Publicado por Ana V. às 12:46 PM
TAGS Chatwin, Luis Sepúlveda, Stuff
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