No Chile pelas palavras de García Márquez com La aventura de Miguel Littín, Clandestino en Chile.
(em espanhol para ler em .pdf, aqui)
Achei familiar o sentimento de voltar depois de doze anos de exílio e desiludir-se com as ruas por reflectirem a ditadura: onde Miguel Littín queria ver pobreza, sujidade, miséria, marcas da ditadura (afinal como se vê em Cuba), viu avenidas iluminadas e uma cidade limpa e calma. Embora totalmente diverso, talvez me recorde o pós-vinte e cinco de Abril quando se esperava que o mundo de repente tivesse novas cores, que as ruas fossem mais belas, os dias mais solarengos, os cheiros mais intensos. o mundo tinha mudado na cabeça de uma nação que esperava ver essa mudança reflectida por todo o lado. Mas como escrevia Crane, o oceano era alheio ao sofrimento dos náufragos. Ou, em alternativa, essa familiaridade pode ter a ver com as expectativas de alguém sobre a imagem de uma cidade que vive sob uma ditadura. Pensa-se na imagem (imagem do imaginário colectivo ) das várias ditaduras: a Berlim cinzenta e os edifícios monumentais, como a Polónia, a miséria colorida em Cuba, a limpeza da Coreia do Norte, a aparente normalidade de Myanmar, a prosperidade exuberante de Angola.
light gazing, ışığa bakmak
Thursday, April 19, 2012
no Chile
Publicado por Ana V. às 11:17 PM
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