no ano em que tudo parou (conjugação de quase estava escrito, tal como o Danúbio corre para sul por entre as planícies húngaras), tomam-se outras direcções e estando no meio delas vai-se continuando e deseja-se explorar os quatro cantos. como se fosse um jardim, o jardim de cima onde fazia papas e sopas de terra e da erva dos canteiros, de bagas desconhecidas que enchiam a despensa gigantesca sob a copa das nogueiras. soube depois que a minha mãe tinha feito o mesmo no mesmo lugar. (e acabei a quebrar o minúsculo ciclo de duas gerações). agora neste ponto continuo experimentando. aprende-se para quê. para nada, eu. mas faço, sigo, vou seguindo.
(e sim, as bailarinas muito vermelhas com cabelos pretos a gritar ópera, as ginjas como brincos, as azedas por chupa-chupas, grinaldas lilazes de pequenas flores selvagens depois de roubar o pólen às abelhas.)
agora falamos disso, depois do passado ter inchado tanto que por vezes voltamos ao éden sem nele reparar, construindo congeminações inúteis. muitas manhãs é essa a vista que recupero, a desse jardim.
light gazing, ışığa bakmak
Saturday, May 19, 2012
jardim
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